POESIA EM PROSA E VERSO: O CAMPO DE HOJE
- rubineianews
- 4 de nov. de 2020
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O CAMPO DE HOJE
Eles, estão estranhos, são de pessoas que os detém como propriedade, viraram ranchos e chácaras, quando não são terras do estado, ou união, faço dele meu campo por sonho ou opção, existem flores que nascem inocentes e lindas com a mesma naturalidade, e os meus olhos poetas as vêem com quase a mesma ingenuidade, inocência não, faço de conta que é aquele campo do menino pródigo de si mesmo, viajo no tempo, hoje aqueles sonhos infantis deram lugar a oração, chega a ser até uma higiene mental o que faço, na época eu me revestia de herói, haviam monstros a serem vencidos, e o menino era o capitão Atlas, tarzã, fantasma, e vencia todas as batalhas de seus devaneios infantis, hoje o desmatamento, devastação, queimadas, vejo em noticias, as laterais das rodovias desta cidade, vê-se muito entulho, porem, não sou herói de nada para estabelecer uma relação de luta contra os males que afrontam a natureza viva que se pode ver ainda, sou apenas poeta, escrevo e me devasto um pouco também, as leis que existem são superiores a qualquer desejo de se fazer algo em defesa, os noticiários de televisão nos mostram todos os dias e não se vê autoridade humana investida de político ou policial, seja lá de que ministério que seja nada se vê fazer em defesa, meu trabalho, será de tentar conscientizar as crianças de hoje que amem o resto de espaço natural que existe, se isso sensibilizar as pessoas já será ótimo, pois criaremos meios de construir sem poluir, ajardinar espaços vagos, sugerir que nas cidade nas laterais dos viadutos sejam plantadas flores,em seus parapeitos, e nos canteiros centrais, ai quem sabe se tenha uma pequena visão de campo em meio a tanto concreto armado, não é idéia utópica, e isso alem de embelezar, traz uma imposição de respeito natural ao ambiente, será menos penoso ficar vendo as flores nas laterais dos viadutos em pleno congestionamento, e quem sabe se promulgue uma lei de despoluição quanto a fumaça dos carros, e se possa até sonhar em sentir o perfume das flores, parece sonho de poeta de concreto, mas, é como sonho ver a cidade de São Paulo, onde nasci e cresci, e infelizmente vi se poluir, acabaram com seus campos, rios e riachos, os córregos que existem são verdadeiros condutores de detritos e esgotos que invadem seus rios, Tiete e Tamanduatei, por isso eu vim morar por aqui, onde vejo um pouco de campo, bem diferente repito, serve meu imaginário, vou passando e orando, e assim me faço menino, pedindo diferente o destino, idéias maduras me atrapalham sonhar, o que sonho hoje em dia é poder realizar, ser adulto é diferente, tem coisas que doem na gente, as saudades do menino inocente, é uma das mais pungentes, me junto a ele de vez em quando para assim sonhar e ir em frente.
Por Arthur Siqueira
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